segunda-feira, 16 de junho de 2008

Uma Lenda viva

Na edição de este ano do evento Optimus Alive (10, 11 e 12 de Julho), vem actuar uma Lenda viva: BOB DYLAN.

Para quem não conhece bem, mas até tem vontade de saber mais qualquer coisinha, deixo-vos um recorte da WIKIPEDIA.

Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, (Duluth, 24 de maio de 1941) é um cantor e compositor americano.

Dylan já lançou mais de 45 álbuns desde 1962, quando lançou seu primeiro disco, "Bob Dylan”, dedicado ao folk tradicional. O seu segundo álbum, “The Freewhellin' Bob Dylan”(1963), contendo apenas canções de sua autoria, consagrou o músico com o hit "Blowin' In The Wind", que se tornou um hino do movimento dos direitos civis. Além desta, canções como "A hards-rain a gonna-fall", "Masters Of War", entre outras, tornaram-se clássicas como músicas de "protesto", embora Dylan mais tarde recusasse o rótulo de "cantor de protesto". Estas músicas, que entre outras compostas por ele, abordavam temas sociais e políticos numa linguagem poética, tornaram-no um fenómeno entre os jovens artistas folk da época, levando-o ao estrelato folk, principalmente após a sua participação no Newport Folk Festival de 1963, onde foi promovido
pela "rainha" folk da época, a cantora Joan Baez. O sucesso do álbum "The Times They Are-A-Changing" (1964) apenas consolidou esta posição.

Porém, Dylan mudou os seus rumos artísticos, afastando-se do movimento folk de protesto e voltando-se para canções mais pessoais, instrospectivas, ligadas a uma visão muito particular de mundo. As questões sócio-políticas do seu tempo: racismo, guerra fria, guerra do Vietname, injustiça social, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas, amores perdidos, vagabundos errantes, liberdade pessoal, viagens oníricas e surrealistas, embaladas pela influência da poesia beat. Esta transição dá-se entre 1964 e 1966, quando Dylan eletrifica a sua música, passa a tocar com uma banda de blues-rock como apoio e choca o público folk, com sua aproximação ao rock. Na época, muitos ignoravam que Dylan já havia tocado rock'roll na adolescência e apreciava artistas country como Johnny Cash, que já trabalhavam com instrumentos elétricos desde os anos 50. O sucesso dos Beatles e outros roqueiros britânicos na re-leitura do rock americano também lhe chamaram a atenção. Em compensação, foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público (mesmo sendo chamado de "traidor" por fãs do Dylan cantor folk), tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporâneos (como John Lennon) e lançando os mais apreciados discos da sua carreira, com uma série de canções clássicas de seu repertório: "Maggie's Farm", "Subterranean Homesick Blues", "Gates of Eden", "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)", "Mr. Tambourine Man", "Ballad Of A Thin Man", "Like a Roling Stone", "Just Like a Woman", entre outras, lançadas em seus álbuns mais inspirados: "Bringing It All Back Home" e "Highway 61 Revisited" de 1965 e o duplo "Blonde on Blonde", de 1966.

O que produziu no início dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica, considerado muito abaixo de seus melhores momentos. Apenas algumas canções se destacam: "If Not For You" (1970), "Knockin' on Heaven's Door" (1973), "Forever Young" (1974). Mas ao voltar as tournês, acompanhado pelo grupo The Band, retorna a evidência e ao sucesso, principalmente pelo elogiado duplo ao vivo "Before the Flood" (1974). Na retomada da carreira de forma mais activa, Dylan produz "Blood On Tracks" (1975) e "Desire" (1976), seus melhores discos nos anos 70, aclamados pela crítica. Deste último, a canção "Hurricane", baseado na história de Rubin Carter, um boxeador negro preso injustamente, foi um sucesso espetacular, ao mesmo tempo que a tournê Roling Thunder Revue (75/76) era aclamada por crítica e público.

Após seu divórcio em 1977, da esposa Sara Lownes, com quem era casado desde 1965, Dylan viveu uma grande crise pessoal, que se refletiu no seu trabalho artístico. Depois de uma tournê mundial em 1978, em parte registada no duplo ao vivo "At Budokan" (gravado no Japão), ele voltou-se para a música gospel, após ter-se convertido ao cristianismo e ter-se filiado a uma igreja. Foi o período mais controverso e polêmico da sua carreira, principalmente por Dylan seafastar do seu repertório clássico e investir em canções com temática cristã. Nesta nova fase, surprendeu seus antigos fãs e se apróximou de músicos do segmento cristão, como Larry Norman, Chuck Girard e Keith Green, em cujo álbum "So You Wanna Go Back to Egypt" chega a gravar uma participação com sua harmônica.

Mais importante do que isso, motivado por sua nova espiritualidade, Dylan gravou três álbuns: "Slow Train Coming" (1979) considerado o mais inspirado dos três, deu a Dylan um Grammy de melhor artista masculino, pela canção "Gotta Serve Somebody". O segundo álbum, "Saved" (1980), teve uma recepção menos entusiasmada, embora na opinião de Kurt Loder da Rolling Stone este álbum fosse superior ao primeiro. "Shot of Love"(1981) encerra a fase cristã de Dylan.

A despeito do intolerância das críticas à epoca do seu lançamento, em 2003, o conteúdo das músicas de "Gotta Serve Somebody" foi depurado, revisitado e redimido por nomes como Shirley Caesar, Helen Baylor, Chicago Mass Choir e outros representantes da música afro-americana, em "The Gospel Songs of Bob Dylan", um CD que se desdobrou em indicação para o Grammy e em documentário (2006) sobre esta fase. O jornal International Herald Tribune declarava que a interpretação afro-americana levava a música de Dylan a um outro patamar.

Com "Infidels", de 1983, Dylan afasta-se da fé cristã, volta-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e parece reencontrar um certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado o seu melhor álbum desde Desire. As apresentações ao vivo, em que volta a interpretar suas canções clássicas, marcam uma reconciliação com o seu público. Em 1985 participa no especial "We are the world" com outros 40 grandes nomes da música - entre eles Michael Jackson, Tina Turner, Ray Charles, Stevie Wonder - pela campanha contra a fome em África.

Dylan continua a gravar regularmente, procurando uma sonoridade "made anos 80" ao mesmo tempo em que tenta preservar o seu estilo. "Down In The Grovy", álbum de 1988, passou despercebido, mas equivale a uma declaração de princípios, com canções de folk-rock, gospel, rock, que demarcam os gostos artísticos preferenciais do artista. Depois de uma tournê com a lendária banda californiana Grateful Dead, ele lança o álbum "Oh Mercy" (1989), elogiado pela qualidade inesperada das canções e volta às paradas com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison

No início dos anos 90, Bob Dylan parece colocar a carreira em "pause". Para comemorar e fazer um balanço de seus 30 anos de trajectória, ele volta a gravar folk tradicional, acústico, sem se importar com o pouco apelo comercial deste género nos dias actuais. Em 1992 é realizado um tributo em grande estilo, com a participação de vários nomes do rock, country e do soul que cantam as suas músicas: Eric Clapton, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed, Eddie Vedder entre outros.

Depois do acústico produzido para a MTV em 1994, Dylan só voltaria com um CD de inéditas em 1997. O álbum "Time Out Of Mind" ganharia vários prémios Grammy e foi considerado por muitos uma nova ressurreição artística, confirmada pela qualidade de "Love and Theft" (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou uma lista com as 500 melhores músicas da história e em primeiro lugar ficou Like a Rolling Stone, de Bob Dylan. Actualmente regista-se um novo interesse pela vida e obra de Dylan, com o lançamento oficial de várias gravações piratas, além do lançamento do documentário "No Direction Home", de Martin Scorsese, que se baseia nos anos iniciais da sua carreira (1961-1966) e, mais recentemente, com "Modern Times", o novo álbum lançado em 2006, com o qual, pela quarta vez na carreira, Dylan conquistou a liderança do ranking dos mais vendidos dos Estados Unidos, vendendo 192.000 cópias na primeira semana. A última vez que Dylan tinha alcançado a liderança nos Estados Unidos, foi com o álbum "Desire", de 1976, que ficou 5 semanas no topo das paradas. Antes disso, alcançou o primeiro lugar com o clássico disco "Blood On The Tracks", em 1975, e com "Planet Waves", no ano anterior.

Acrescento que podem vê-lo no Optimus alive08 no dia 11 de Julho, e já agora, para os apreciadores, não percam o Neil Young e o Ben Harper, no mesmo evento, no dia 12 de Julho.

Os bilhetes diários custam 45 € e o passe para os três dias custam 80 €.

Fontes:Wikipedia e http://www.optimusalive.com/

2 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Infelizmente o meu orçamento para concertos este ano foi esmagado pelo Rock in Rio...

Gabriela disse...

Também n tiveste mal. Eu nem o rock in rio apanhei...
Obg p'la visita!